quinta-feira, 25 de junho de 2020

MÚSICA - A magia do CHAMAMÉ de Mato Grosso do Sul

*ESCOLA MUNICIPAL TANCREDO NEVES*
*NOME­­_____________________________________________
*PROFESSORA: LUZIA DE FATIMA LAYOLA –
*6º ANO  -  Semana de 22/06 à 03/07/2020*
*ATIVIDADES PEDAGÓGICAS COMPLEMENTARES (APCs)*  *ARTE*


*CONTEÚDO*: *MÚSICA*
*ATIVIDADE 01*
A magia do CHAMAMÉ de Mato Grosso do Sul
O CHAMAMÉ nasceu em Corrientes, Argentina, em pleno fulgor da Bela Época. Chegou ao sul do antigo Mato Grosso na primeira metade do século XX, trazido pelos imigrantes correntinos e paraguaios que aqui chegavam atraídos por trabalho nas atividades agropecuárias. Logo conquistou o agrado do povo, quando os sanfoneiros vibravam a sanfona nas churrascadas e festas populares. Em Campo Grande, não tardou a se formarem conjuntos típicos e, com a chegada do rádio na cidade, intensificou-se a difusão desse hino à vida, que é o Chamamé. Não tardou que entusiastas formassem grupos de intérpretes em várias cidades sul-mato-grossense, mormente em Campo Grande, onde a paixão pelo Chamamé vibrava na alma do povo. Tanto, que nas décadas de trinta e quarenta, nos domingos, os chamamezeiros se reuniam na pracinha do Portão de Ferro, no Bairro Amambaí, para tocar Chamamé perante a numerosa plateia que se juntava no local logo após a corrida de cavalos na raia da Reta de Ponta Porã, hoje Avenida Bandeirante.

01-FAZER A LEITURA DO TEXTO E RESPONDER AS PERGUNTAS BAIXO:
01-Onde surgiu o Chamamé?
02-Quando foi introduzido no Mato Grosso do Sul?
03-Por quem ele foi trazido?
04-Qual o instrumento mais importante para um bom Chamamé?
05-Você conhece algum conjunto que toca chamamé: Cite o nome dele.

  02 – Agora você vai assistir uns vídeos de chamamé Sul-Mato-Grossense e  depois convidar alguém de sua família e dançar, gravar e mandar para a professora.

*ATIVIDADE 02*
ALFABETO EGÍPCIO - HIEROGLÍFICO





*Como fazer* Pegar uma latinha de alumínio (refrigerante ou cerveja) cortar a boca e o fundo. Cortar na vertical e colocar para ficar reto um peso pode ser os livros ou tijolos. Depois que estiver bem retinha PEGAR A CANETA E ESCREVER UMA FRASE COM o hieroglífico do lado colorido da latinha, fazem assim um baixo relevo, só que terá que ser a escrita ao contrario, pois iremos ler na parte de alumínio que ficará em alto relevo.

*OBS* FAREI UM VÍDEO EXPLICATIVO E POSTAREI NO GRUPO.

*TODAS AS ATIVIDADES DEVERÃO SER FOTOGRAFADAS E ENVIADAS NO MEU PRIVADO*

domingo, 21 de junho de 2020

O BARROCO NO BRASIL -



*ESCOLA MUNICIPAL TANCREDO NEVES*
*PROFESSORA: LUZIA DE FATIMA LAYOLA –
*7º ANO  -  Semana de 22/06 à 03/07/2020*

*ATIVIDADES PEDAGÓGICAS COMPLEMENTARES (APCs)*
*ARTE*


O BARROCO NO BRASIL
O barroco no Brasil não se desenvolveu no mesmo molde e com a mesma relevância que nos países europeus. O estilo barroco manifesta-se tardiamente no Brasil, onde desenvolve características peculiares, tanto na arquitetura das igrejas como nas esculturas de santos.
O que se nota é a existência de alguns intelectuais que, influenciados por autores portugueses e espanhóis, conseguiram produzir, especialmente em Salvador e, em menor escala, no Recife, algumas obras com características barrocas.
O aumento da produção artística barroca no Brasil, principalmente nas áreas da pintura e da escultura, ocorreu apenas quase cem anos depois, nas cidades de Minas Gerais, no chamado Século do Ouro (XVIII), e do Nordeste; isso porque essas cidades, além de ricas, apresentavam intensa vida cultural e artística.
No estado da Bahia, por exemplo, o Barroco destacou-se na decoração das igrejas. Em Salvador (então capital da colônia), a igreja de São Francisco de Assis, considerada uma das mais ricas e suntuosas do território, é um retrato desse período.
Nas cidades litorâneas, como Rio de Janeiro, Recife e Salvador, a influência da metrópole portuguesa era maior, o que fez com que o estilo guardasse fortes características europeias; em cidades mineradoras como Vila Rica (hoje Ouro Preto) ou Diamantina, isoladas pela distância e pela precariedade da comunicação, o Barroco ganhou características próprias. Traços negros e mulatos são recorrentes nas imagens de santos e pinturas de capelas e igrejas, dada a forte influência dos escravos.
O principal representante do Barroco mineiro foi o escultor e arquiteto Antônio Francisco de Lisboa (1730-1814), também conhecido como Aleijadinho. Suas obras, de forte caráter religioso, eram feitas com madeira e pedra-sabão.
Didaticamente, convencionou-se que o Barroco literário brasileiro teve início em 1601 com a publicação de um poema épico, “Prosopopeia“, de Bento Teixeira (1561- 1600). Em termos de destaque, pode-se citar o Grupo Baiano, encabeçado por Gregório de Matos.
Assim como em Portugal, o Barroco no Brasil tem manifestação tardia em relação à Europa. No Brasil, a ascensão do estilo acompanhou a descoberta do ouro em Minas Gerais – a primeira corrida do ouro do Ocidente. Minas confere um ar muito peculiar ao estilo no país.
Principais artistas do barroco no Brasil
A arte barroca no Brasil esteve presente, basicamente, nas igrejas católicas da época: na arquitetura, nos ornamentos, nas esculturas e nas pinturas.
Mestre Ataíde
Manuel da Costa Ataíde foi um pintor do Barroco mineiro. Nasceu em Mariana, Minas Gerais, por volta de 1762, e morreu em 1830. Mestre Ataíde, como era conhecido, costumava representar madonas e anjos com traços bem brasileiros. Suas obras encontram-se, principalmente, nos tetos das igrejas.
Detalhe do teto da Igreja de São Francisco de Assis, Ouro Preto, Minas Gerais

No teto da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, ele retratou uma madona mulata, muito parecida com sua namorada, Maria do Carmo. Nos anjos, colocou a aparência dos garotos mulatos de Vila Rica e de seus filhos.
As cores usadas para pintar o teto dessa igreja são muito mais vivas e quentes do que as pinturas do Barroco português. O anjo que aparece pintado com um cajado aos pés da madona é o artista Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814), que era amigo de Mestre Ataíde e também um dos grandes representantes da obra barroca no Brasil.
Aleijadinho
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, é o artista brasileiro mais conhecido do Barroco brasileiro. Foi escultor, arquiteto e entalhador, e sua vida é envolta de mistérios.

Suas obras mais famosas são o conjunto do Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo, um patrimônio histórico e artístico com 66 imagens esculpidas em madeira de cedro (1796-1799), e os 12 profetas em pedra-sabão (1800-1805).
Santuário de Bom Jesus de Matozinhos, Congonhas do Campo (MG
Muitos especialistas afirmam que foi Aleijadinho que fez o projeto arquitetônico da Igreja de São Francisco de Assis, além de todos os ornamentos em seu interior.
Aos 40 anos, atacado por uma doença que o deixou deformado, sua obra ganhou contornos góticos, e sua técnica tornou-se ainda mais diferenciada e única.
Principais autores do barroco brasileiro
Gregório de Matos
Considerado o iniciador da poesia brasileira, Gregório de Matos, o “Boca do Inferno”, assim denominado por sua veia satírica e crítica, nasceu na Bahia, provavelmente em 1623.
Estudou Direito em Portugal e permaneceu na metrópole por um longo período. Retornou ao Brasil definitivamente apenas em 1681. Graças à irreverência de seus textos criou inimizades e acabou sendo exilado para Angola.
Já bastante debilitado, retornou ao Brasil sob duas condições: não voltar à Bahia e não mais escrever suas sátiras. Morreu no Recife em 1696.
Padre Antônio Vieira
Nascido em Lisboa, em 1608, com 6 anos veio para o Brasil. Ordenado padre em 1634, logo se destacou por sua oratória e seus sermões eloquentes. Vieira viajou muitas vezes para a Europa. Mas regressou definitivamente ao Brasil em 1681, onde faleceu em 1697.
Além de seus famosos Sermões (quase duzentos), Vieira ainda escreveu inúmeras Cartas (aproximadamente quinhentas) que versavam sobre a situação da colônia e os rumos da Inquisição, entre outros assuntos.
ficou conhecido pelo rigoroso estilo de suas produções. Seus sermões eram estruturados com maestria e arte e são considerados a expressão máxima do Barroco em língua portuguesa. Sabia prender a atenção de seus ouvintes por meio da clareza e simplicidade, do rigor sintático e dialético, do raciocínio lógico, intercalando trechos mais vigorosos com trechos mais descontraídos.
         Atividades/exercícios:
 01 - Após a leitura realizar as atividades:
1. Através de quem o Barroco chegou ao Brasil?
2. Onde estavam localizadas as primeiras igrejas barrocas brasileiras?
3. Como essas igrejas eram?
4. Explique como foi a entrada do Barroco no Brasil.
5. O termo "barroco" está ligado a quê?
6. Este estilo tinha uma apelação. Para quê?
7. O barroco estava a serviço da fé. Com quem esse estilo tinha uma ligação?
8. Quais as principais características do Barroco?
9. Quais os artistas do Barroco?
10. Quem foi Aleijadinho?
11. Descreva sobre Mestre Ataíde:

02 – Pesquisar sobre Militão dos Santos e suas obras, fazer uma intervenções do Barroco com a Arte Naif ,com a técnica de dobraduras da Igrejinha de Festa Junina no Interior realizar uma releitura.     
EX: Militão dos Santos: Noite de São João
Militão dos Santos: Noite de São João



OBS: Escolher uma obra e fazer a releitura com dobradura.

Assistir o vídeo explicativo no link:


quinta-feira, 18 de junho de 2020

MANEIRISMO


O Maneirismo foi um estilo e um movimento artístico europeu de retoma de certas expressões da cultura medieval que, aproximadamente os anos de entre 1515 e 1610, constituíram manifestação contra os valores clássicos prestigiados pelo humanismo renascentista.
Caracterizou-se pela concentração na maneira.

O estilo levou à procura de efeitos bizarros que já apontam para a arte moderna, como o alongamento das figuras humanas e os pontos de vista inusitados.




As primeiras manifestações anticlássicas dentro do espírito clássico renascentista costumam ser chamadas de maneiristas. O termo surge da expressão a maniera de, usada para se referir a artistas que faziam questão de imprimir certas marcas individuais em suas obras.
Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até por volta de 1610, afastado conscientemente do modelo da antiguidade clássica. Uma evidente tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes começa a ser sua marca, extrapolando assim as rígidas linhas dos cânones clássicos.




O certo, porém, é que o maneirismo é uma conseqüência de um renascimento clássico que entra em decadência ou transição do renascimento ao barroco.

Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa nesse momento. Não só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de Lutero. Reinam a desolação e a incerteza.


Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma com destino a outras cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo maneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades européias.


ARQUITETURA

A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. Distribuição da luz e na decoração.
Genericamente, a arquitetura do exterior apresenta sobriedade, contrapondo-se a um interior extravagante decorado com azulejos, talha dourada em escultóricos altares, no caso das igrejas, nos palácios por baixelas, faianças porcelanas e mobiliário.



Nas igrejas:

· Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras caprichosas são a decoração mais característica desse estilo.


Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra que confunde a vista.


Nos ricos palácios e casas de campo:
· Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento.
· A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a necessidade de renovação.


PINTURA

É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os pintores da
segunda década do século XV que, afastados dos cânones renascentistas, criam esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte.

Principais características :
  • Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços arquitetônicos reduzidos. O resultado é a formação de planos paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de tensão permanente.
  • Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados do renascimento. Os músculos fazem agora contorções absolutamente impróprias para os seres humanos.
  • Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e cores brilhantes.

  • A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis.
  • Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da perspectiva, mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não sem certa dificuldade, encontrá-lo.


Principais artistas:
EL GRECO (1541-1614), fundiu as formas iconográficas bizantinas com o desenho e o colorido da pintura veneziana e a religiosidade espanhola. Aluno de Tiziano.
Depois de alguns anos de permanência em Madri ele se estabeleceu na cidade de Toledo, onde trabalhou praticamente com exclusividade para a corte de Filipe II, para os conventos locais e para a nobreza toledana


TINTORETTO - Era conhecido por sua grande imaginação, por sua composição assimétrica e por produzir grandes efeitos dramáticos em suas obras.
Para obter os resultados, às vezes, sacrificava até as bases da pintura desenvolvida por seus antecessores.
A Santa Ceia, de Tintoretto. Diferente de Leonardo da Vinci, Tintoretto criou uma composição totalmente desestruturada da Santa Ceia, em que o movimento do nosso olhar segue todas as direções do quadro. A luz na cabeça de Cristo é impossível, e há varios planos em que as pessoas encontram-se, detalhando bem o estilo maneirista.




ESCULTURA

Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às formas clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade. Em resumo, repetem-se as características da arquitetura e da pintura.
Não faltam as formas caprichosas, as proporções estranhas, as superposições de planos, ou ainda o exagero nos detalhes, elementos que criam essa atmosfera de tensão tão característica do espírito maneirista.



 A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras, num equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são unidas por contorções extremadas e exagerado alongamento dos músculos.
· O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas impossíveis, permite que elas compartilhem a reduzida base que têm como cenário, isso sempre respeitando a composição geral da peça e a graciosidade de todo o conjunto.


Principais Artistas: BARTOLOMEO AMMANATI, (1511-1592) e GIAMBOLOGNA, (1529-1608). De origem flamenga, Giambologna deu seus primeiros passos como escultor na oficina do francês Jacques Dubroecq. Poucos anos depois mudou-se para Roma, onde se supõe que teria colaborado com Michelangelo em muitas de suas obras.


Estabeleceu-se finalmente em Florença, na corte dos Medici. Trabalhou com igual maestria a pedra calcária e o mármore e foi grande conhecedor da técnica de despejar os metais, como demonstram suas esculturas de bronze.


As esculturas maneiristas caracterizam-se pelo exagero das formas distorcidas e posições impossíveis de posturas inigualáveis. Quem será que foi o modelo/guerreiro para ter aturado tais posições?


"A Primavera" - Giuseppe Arcimbaldo - Museu do Louvre E é assim que, em sua última fase, a pintura maneirista, que começou como a expressão de uma crise artística e religiosa, chega a seu verdadeiro apogeu, pelas mãos dos grandes gênios da pintura veneziana do século XVI. A obra de El Greco merece destaque, já que, partindo de certos princípios maneiristas, ele acaba desenvolvendo um dos caminhos mais pessoais e únicos, que o transformam num curioso precursor da arte moderna.



ATIVIDADES.

1º -  *COPIAR E RESPONDER NO CADERNO*
01. Em que ano teve início o estilo de arte chamado maneirismo?
02. Quem criou o termo maneirismo e ao que ele se refere?
03. Muitos críticos consideram que o maneirismo representa uma oposição a qual estilo artístico?
04. Alguns historiadores o consideram o maneirismo uma transição entre dois estilos artísticos, quais são?
05. Quantas fases possui o maneirismo?
06. A chamada de fase anticlássica do Maneirismo pertence a primeira ou segunda fase? Em qual cidade?
07. Como é chamada a segunda fase do maneirismo?
08. O estilo maneirista se manifesta com figuras dentro ou fora das proporções?
09. Cite o nome de alguns artistas maneiristas.
10. Cite o nome de duas pinturas maneiristas.


2º ATIVIDADE
Fazer uma pesquisa sobre Giuseppe Arcimbaldo, escolher uma obra e reproduzir fazendo a releitura com materiais diversos como: folhas, frutas, grãos(arroz,feijão) etc.



Referências

STRICKLAND, Carol. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. Trad. Angela Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
http://www.historiadaarte.com.br/maneirismo.html
http://renascimento.wordpress.com/2007/11/

ARTE EGÍPCIA


Arte Egípcia

Introdução: As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa.  A maioria das estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos.

Pintura Egípcia: Grande parte das pinturas era feitas nas paredes das pirâmides. Estas obras retratavam a vida dos faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte entre outros temas da vida religiosa.  Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil.  Os egípcios não trabalhavam com a técnica da perspectiva (imagens tridimensionais).  Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglífica (as palavras e expressões eram representadas por desenhos). As tintas eram obtidas na natureza (pó de minérios, substâncias orgânicas, etc.).
Escultura Egípcia: Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas diversas esculturas do ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro.  Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia.  O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de proteção para o rosto da múmia.


Arquitetura Egípcia: Os egípcios desenvolveram vários conhecimentos matemáticos.  Com isso, conseguiram erguer obras que sobrevivem até os dias de hoje. Templos, palácios e pirâmides foram construídos em homenagem aos deuses e aos faraós. Eram grandiosos e imponentes, pois deviam mostrar todo poder do faraó. Eram construídos com blocos de pedra, utilizando-se mão-de-obra escrava para o trabalho pesado.

 A escrita egípcia: Também foi algo importante para este povo, pois permitiu a divulgação de ideias, comunicação e controle de impostos.  Existiam duas formas principais de escrita: a escrita demótica (mais simplificada e usada para assuntos do cotidiano) e a hieroglífica (mais  complexa  e  formada  por  desenhos  e  símbolos).  As paredes internas das pirâmides eram repletas de textos que falavam sobre a vida do faraó, rezas e mensagens para espantar possíveis saqueadores. Uma espécie de papel chamado papiro, que era produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos.  Hieróglifos: a escrita egípcia.


Pirâmide de Gizé (um das sete maravilhas) arte egípcia teve algumas características básicas que a distinguiram: Na representação da figura humana, o rosto era sempre apresentado de perfil, mesmo os olhos sendo mostrados de frente.  Isso nos dá certo ar de irrealidade. O tronco era apresentado de frente, mas as pernas sempre estavam de perfil. Esse é um aspecto bem curioso e chama-se lei do frontalidade. É fácil observar essa característica na maior parte do alto-relevo e representações pictóricas do antigo Egito. A arte, no período era padronizada, pois seguia critérios religiosos; assim, não se fazia uso da criatividade ou da imaginação. 
As pinturas eram anônimas e não registravam o estilo do artista, mas o faraó. A primeira regra a ser seguida era: A lei da frontalidade: era obrigatória e consistia na representação de pessoas com o tronco de frente, os pés, a cabeça e as pernas ficavam de perfil. Portanto, não era uma arte naturalista. Na escultura, apesar das convenções, as estátuas eram representadas de acordo com os traços particulares da pessoa, principalmente a posição que ocupava na sociedade, o seu trabalho e traços raciais. Havia outro aspecto, conhecido como peso da alma.  As pessoas mais importantes eram representadas em tamanho maior. Assim, o Faraó era sempre maior do que sua esposa. Em seguida a esses, pela ordem de tamanho, vinham os sacerdotes, os escribas, os soldados e finalmente o resto do povo. Por isso transmite-se a ideia de que os faraós eram figuras gigantescas, o que nem sempre era verdade.





domingo, 7 de junho de 2020

APCs 5º ANO LÍDIA BAÍS

LÍDIA BAÍS


As mulheres artistas de Mato Grosso do Sul têm em comum a mesma luta que as predecessoras no Brasil e no mundo, lutaram para seguir sua vocação artística, e quando conseguiram tomar a arte como profissão, encontraram a mesma dificuldade que os homens: o distanciamento dos grandes centros onde acontecem a formação, exposições, e toda a efervescência das novas vanguardas; assim como a falta de reconhecimento do trabalho artístico como uma das necessidades do ser humano. Lídia Baís enfrentou esses obstáculos dentro de sua realidade temporal.
Esta é sem dúvida a personalidade que mais desperta a curiosidade dos estudiosos da arte no estado do Mato Grosso do Sul. Lídia Baís construiu para si uma fortaleza de mistérios e proibições que ela mesma denominava de claustro, e sua obra só veio a ser conhecida e disponibilizada ao público depois de sua morte em 1985.
Caçula de numerosa e abastada família campo-grandense, foi desde muito cedo estudar em internatos e colégios religiosos, onde foi ensinada a ser passiva e submissa, mas não se conformou, e desejou ser livre pra seguir seu caminho. Freqüentou grandes escolas no Rio de Janeiro, como o ateliê dos irmãos Rodolfo e Henrique Bernardelli, e teve aulas com renomados artistas como, por exemplo, Osvaldo Teixeira, na Escola Nacional de Belas Artes, que contribuíram muito para a construção de suas obras.
Fez longa viagem pela Europa com familiares e freqüentou museus na Alemanha e na França, conheceu personalidades brasileiras que por lá estavam e viveu intensamente o meio artístico e social, mas ao retornar ao Brasil, foi obrigada pela família a permanecer em Campo Grande. Contra a vontade da família voltou ao Rio de Janeiro para retomar os estudos em arte e promoveu uma exposição em dezembro de 1929, mas com dificuldades financeiras, estabelece-se definitivamente em Campo Grande.
Na casa paterna ainda realiza pinturas murais, e para livrar-se de uma interdição imposta por seus irmãos, casa-se no civil, mas não permanece junto do marido e anula a união dois anos mais tarde. Seu pai vem a falecer logo após seu casamento, e ela recebe sua herança, e ao contrário do que todos esperavam, não vai para São Paulo, fica com sua mãe, e inicia um ambicioso projeto, o Museu Baís (RIGOTTI, 2009).
O que era pra ser um local de exposições jamais foi aberto ao público e Lídia Baís fechou-se também. Com o passar dos anos a excentricidade e o mistério em torno de sua personalidade foi crescendo, e segundo a escritora Raquel Naveira “era tida como ‘meio louca’ era uma personagem intrigante: uma artista de alma amarrada e flagelada, talento que desabrochou e foi abafado na marginalidade”. Segundo Paulo Sérgio Nolasco dos Santos,

Assim confinada, agiu como se respondesse às inúmeras dificuldades das condições sócio culturais do início do século, no lugar e tempo em que lhe coube viver. [...] pode-se ler em sua trajetória os traços do artista que não só se isolou do meio artístico, como também reconhecer o fato doloroso de que ser uma mulher, com vocação artística, nascida no início do século em 1901 [...] fez com que sofresse intensamente as circunstâncias da opressão patriarcal e social, caracterizadora dos costumes provincianos. (NOLASCO dos SANTOS in RIGOTTI, 2009, p.12)

Sua experiência adquirida com os irmãos Bernardelli, Oswaldo Teixeira e Ismael Nery, iniciador do Expressionismo Cubista e precursor do Surrealismo no Brasil, e que tanto influenciaram seu trabalho, foi desperdiçado, e exilou-se frente da incompreensão de sua genialidade (RIGOTTI, 2009).


ALGUMAS OBRAS.

AUTO RETRATO COM PINCÉIS

AUTO RETRATO SAGRADO CORAÇÃO 

LÍDIA COMO NOSSA SENHORA

MICROBIO DA FUZARCA E NU

MORADA DOS BAÍS

OBJETOS DE LÍDIA

QUARTO DE LÍDIA

PODEREMOS ENCONTRAR TODAS SUAS OBRA NO MUSEU LÍDIA BAÍS NA MORADA DO BAÍS EM CAMPO GRANDE MATO GROSSO DO SUL.






Morada dos Baís: um dos pontos culturais da Capital Sul-Mato_Grossense


Um centro cultural brasileiro em Campo Grande.




No ano de 1993 a antiga Pensão Pimentel, passou a se chamar “Morada dos Baís”, onde foi oficialmente tombada Patrimônio Histórico e Cultural da cidade de Campo Grande, que se tornou aberto ao público. A morada acabou sendo um lugar cultural da cidade, colocando e aprimorando a importância turística que apresenta na Capital.


Ela conta com três salas para exposições de artes, um espaço para apresentações musicais, um espaço para restaurante e o principal, uma área de bastante circulação que merece uma atenção especial, onde constitui o museu Lidia Baís, que passou por uma restauração de seus painéis e torna referência para os amantes de cultura regional, que é uma das principais artistas da Capital, mostrando quadros pintados por ela mesma.





A gestora Janine Menezes Tortorelli informou que o lugar é bem visitado durante o ano, cerca de 3.500 pessoas passam por mês no local, principalmente no mês de Agosto, que passam nove mil alunos e universitários de escolas e faculdades, onde agendam visitas para apresentações e lançamentos de livros. Outro mês que é bem visitado é o de Dezembro, pois ocorre a iluminação de Natal. A proposta e a intenção é despertar sentimentos nas noites dos campograndenses e o orgulho de morar na cidade Morena.




A Morada dos Baís está situada no centro da cidade, na esquina da Avenida Afonso Pena com a Avenida Noroeste, 5140. Aberto de terça a sábado das 08h00 ás 19h00 horas e aos domingos e feriados das 09h00 ás 12h00 horas.